Publicado em: 09/10/2020 11:48:56
O Grupo de Pesquisa em Geografia e Ordenamento do Território na Amazônia (GOT-Amazônia) e o Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia (PPGG/UNIR) convidam a toda comunidade geral e acadêmica para participarem da defesa pública de tese da doutoranda Darlene Costa da Silva com o trabalho Reassentamento Rural Coletivo na Amazônia: Estudo da Desterritorialização das Famílias Afetadas pelas Hidrelétricas Santo Antônio (RO) e Belo Monte (PA)
A exposição do trabalho de tese “Reassentamento Rural Coletivo na Amazônia: Estudo da Desterritorialização das Famílias Afetadas pelas Hidrelétricas Santo Antônio (RO) e Belo Monte (PA)” será por meio de videoconferência, cujo acesso se dará pelo link https://meet.google.com/yot-akgz-ups às 9h horário local/Rondônia do dia 16/10/2020 e contará com a seguinte banca: Maria Madalena de Aguiar Cavalcante (orientadora); Ricardo Gilson da Costa Silva (avaliador interno/UNIR); Maria das Graças Silva Nascimento Silva (avaliadora interna/UNIR); José Antônio Herrera (Avaliador Externo/UFPA); Artur de Souza Moret (Avaliador Externo/PGDRA/UNIR); Josélia Fontenele Batista (Avaliador Externo/IFRO) e Josué da Costa Silva (Suplente/UNIR).
Darlene Costa da Silva é graduada em Geografia, mestre em Geografia pela Universidade Federal do Pará. Doutoranda na Universidade Federal de Rondônia (UNIR). É membro do Laboratório de Estudos das Dinâmicas Territoriais na Amazônia (LEDTAM) e do Grupo de Pesquisa em Geografia e Ordenamento do Território na Amazônia (GOT-Amazônia).
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GOT- Amazônia: Darlene o tema que você defenderá diante da sua trajetória acadêmica na Geografia, possui alguma relação com a suas vivências pessoais (ou de vida)?
Darlene: Sim, residente no território onde está inserida a hidrelétrica Belo Monte, acompanhei o processo de desterritorialização de muitas famílias que fazem parte do meu ciclo de convivência.
GOT- Amazônia: Comente sobre sua pesquisa: Qual ponto você destacaria entre as dificuldades enfrentadas pelas famílias afetadas pelas usinas hidrelétricas de Santo Antônio no estado de Rondônia e Belo Monte no Pará?
Darlene: A principal dificuldade enfrentada pelas famílias é a falta de informação por parte dos consórcios que se apropriam de uma linguagem técnica que não auxilia na compreensão do processo vivenciado pela população local.
GOT- Amazônia: Darlene, quais são os desafios e as particularidades de fazer ciência na Amazônia?
Darlene: O preconceito contra a ciência praticada na Amazônia, neste caso no Norte vejo muitas restrições, mesmo com as pesquisas interessantes que desenvolvemos, dificuldades para se conseguir financiamento e para se dedicar integralmente à pesquisa.
GOT- Amazônia: De que modo você vê sua pesquisa contribuindo para a Ciência Geográfica?
Darlene: A contribuição para ciência geográfica é através da análise histórica da construção de hidrelétricas na Amazônia, reconhecendo que as políticas públicas possuem uma dimensão espacial, que pode promover um diálogo efetivo com os estudiosos e as empresas para formação de todos envolvidos, debatendo os problemas sociais avaliando seus efeitos produzidos nos territórios.
GOT- Amazônia: Os pesquisadores têm que levar o resultado de sua pesquisa para o público, tais como: acadêmicos, populações tradicionais ou sociedade geral, sendo assim, como você recomendaria a leitura de sua Tese?
Darlene: Se tratando de um tema que abrange um processo que envolve toda sociedade, a recomendação é estabelecer estratégias que permita a leitura partindo da vivencia do leitor, usando por exemplo as populações tradicionais, que poderia ser organizado oficina de estudo.
GOT- Amazônia: Você está fechando um ciclo para dar lugar a novos! Deste modo, qual mensagem você deixaria a quem quer ingressar no PPGG - UNIR?
Darlene: O PPGG é um programa que faz ciência com seriedade, compromisso e responsabilidade, e é acolhedor recebendo discentes do Brasil e de outros países.
Fonte: Grupo de Pesquisa em Geografia e Ordenamento do Território na Amazônia (GOT-Amazônia)